A HISTÓRIA DE UM REI - TERCEIRA PARTE


CARLOS IMPERIAL

Na mesma época, Carlos Imperial, também natural de Cachoeiro do Itapemirim, apresentava um programa de música jovem, no horário vespertino, na TV Tupi. O fato de Roberto ser seu conterrâneo, fez com que houvesse uma aproximação cordial entre os dois. Assim Imperial deu ordem à seu secretário Wilson Simonal, que programasse os garotos do The Sputniks de vez em quando. Isto para os estudantes foi motivo de muitas comemorações.

O FIM DOS SPUTNIKS



A coisa caminhava da melhor maneira e The Sputniks passava a ser um conjunto badalado quando, Tim Maia, meio sem jeito, avisou a Roberto que iria sair do grupo. Resolvera tentar a sorte nos Estados Unidos e teria que aproveitar a chance. No primeiro instante, após a dissolução do conjunto, Roberto Carlos chegou a pensar que seria o fim de tudo, entretanto, incentivado pela família e por alguns amigos mais chegados, não desanimou. Continuou frequentando o meio artístico e resolveu tentar a sorte sozinho.




O PRIMEIRO DISCO

E ai vem o primeiro disco. Era Agosto de 1959. Roberto continuou mantendo contato com Imperial e por interferência deste, foi levado e apresentado ao veterano Joel de Almeida, diretor artístico da Polydor, que mantinha uma certa rivalidade com Aloysio de Oliveira, lançador de João Gilberto, grande sucesso da bossa nova na época. Joel viu em Roberto, pelo seu jeito semelhante de cantar a possibilidade de fazer igual sucesso. Roberto então gravou um compacto de 78RPM que tinha de um lado “João e Maria” e do outro “Fora do Tom”, ambas canções compostas por Carlos Imperial.

Apesar de todos os esforços de Roberto Carlos, percorrendo todos os programas de auditório para divulgar seu trabalho (a primeira cópia deste disco, como não poderia deixar de ser, foi dada de presente para sua mãe), o disco não obteve sucesso e Joel de Almeida desistiu de fazer novas gravações com o rapaz.

SURGE O THE SNAKES

Aconteceu então a vinda de Bill Halley and The Cometas ao Rio. Roberto foi convidado a participar da primeira parte do show do “Papa do Rock”. Curioso é que cantou “Round Dog” cuja letra foi aprendida rapidamente com Erasmo Carlos. Os dois conversaram muito depois do show e decidiram formar um novo conjunto: The Snakes com Arlênio e Edson Trindade.

O PRIMEIRO EMPREGO COMO CANTOR

Sempre batalhando um lugar ao sol, percorrendo rádio por rádio, Roberto conseguiu, através de um primo seu que era gerente do Hotel Plaza, se empregar como clooner da Boate Plaza. Esta foi a sua estréia como cantor num palco e sua primeira remuneração fixa como artista.

JAIR DE TAUMATURGO

Nesta época, Roberto conheceu Jair de Traumaturgo da Rádio Nacional que se tornou seu grande incentivador, ajudando-o inclusive em ensaios ao microfone, Jair também ensinou a Roberto o lado técnico das gravações, orientando inclusive sua postura no palco. É de Jair a criação do peculiar gesto do Rei usado até hoje de apontar o indicador com o corpo curvado e a cabeça abaixada ao anunciar a entrada de outro artista.

AINDA UM DESCONHECIDO

Numa foto da Revista do Rock, Cleyde Alves e George Freedman eram citados nos créditos da foto acompanhados de um “amigo”. Este amigo não teve o nome citado. Era o Rei.





PRÓXIMA ATUALIZAÇÃO - CAPÍTULO QUATRO - 03 DE AGOSTO DE 2008


Um comentário:

Anônimo disse...

Uma linda história de luta...sucesso com o reconhecimento merecido!
Ele veio para encantar a nós, seus eternos súditos. Sempre será REI!
Parabéns!!!
Beijos!
Leda Martins.